segunda-feira, 16 de agosto de 2021

INTELIGÊNCIA TRANSCENDENTAL


 (A5, 136p.)

O ser humano, atingindo ou não a sua chamada idade da razão, no encontro da vida social com outros seres sociais, e/ou simplesmente por ter sido lançado no mundo sem ter pedido e/ou sem saber a razão e nem o porquê, num determinado momento de sua existência (em alguns casos mais cedo, em outros mais tarde) tende a passar por náuseas, espantos, temores, tremores e/ou angústias existenciais, onde todos ou quase todos os seus valores essenciais serão postos em xeque, sendo passíveis ou não de quebras, restando-lhe apenas três possibilidades.

1-   Tentar voltar, da maneira dita mais rápida possível, depois do estado de caos sofrido, a ser ele mesmo, o mesmo de sempre, sem buscar realizar quaisquer mudanças essenciais em si;

2-   Tornar-se patológico, isto é, passar a ser considerado como alguém que, devido a grandes problemas existenciais, perdeu a dita razão, não conseguiu reorganizar-se mentalmente e/ou voltar a si; ou, numa outra via qualitativa:

3-    Transcender: construir novos sentidos para a sua própria existência, tornando-a melhor e/ou mais significativa do que até então era ou tinha sido, ou seja, antes de passar por estados de náuseas, angústias, tristezas profundas, muitas vezes ocasionadas, por exemplo, em razão de perdas socioafetivas, financeiras, doenças, perdas de familiares, mortes de entes queridos, etc.

Na primeira o ser não evolui: “quer voltar a ser ele mesmo”; “quer continuar a ser o dito mesmo de sempre”; “quer voltar a sua vida “dita normal” o mais depressa possível, como se nada de grave lhe tivesse de fato ocorrido, ou seja, almejando-se esquecer-se logo de tudo o que de trágico vivenciou.

Na segunda, o ser perde o logos, a razão, aprisiona-se patologicamente agora num mundo imerso de caos e, sem forças para lutar, para reerguer-se, para superar-se, “abdica da tarefa de viver”; “abdica da busca pela resolução dos seus problemas existenciais mais profundos” e, à revelia de si, fora da sua consciência e/ou da sua capacidade de superação, “opta” pelo “auto-abandono”.

Na terceira, diferentemente das duas outras trágicas possibilidades, o ser desenvolve a capacidade de transcendência ou a dita inteligência transcendental: ele passa a querer criar e/ou dar um sentido para a sua própria existência, para a realidade em que vive, buscando transformá-la ao transformar-se,  isto é, buscando renová-la por meio da busca pela renovação do seu próprio entendimento sobre o que vale ou não a pena ser vivido. Ou seja, elegendo, para si, somente valores que, agora, possam ser realmente dignos da sua existência.

II

Ao coletivo de capacidades, competências e/ou habilidades (sejam de que naturezas ou áreas do conhecimento forem) que fazem com que os seres, por meio deles, consigam superar e/ou suportarem as suas náuseas, angústias, espantos, temores, tremores, desesperos e passividade de viver, sem, todavia, nesses mesmos processos, terem os seus “Eus” destruídos e/ou dissolvidos no meio da massa humana, e que poucos homens conseguem desenvolver durante as suas inserções na vida social, chamamos aqui de Inteligência Transcendental.

III

Na primeira unidade, de forma epistemologicamente fundamenta, sob a égide da busca pelo diálogo entre as ideias de pensadores existencialistas como Martin Heidegger, Jean-Paul Sartre, Gabriel Marcel, Kierkegaard, do psicólogo Carl Rogers, e também sob o olhar do filósofo independente Friedrich Nietzsche, discorreremos sobre o que é a Inteligência Transcendental, e também sobre a sua importância para o resgate e/ou manutenção da saúde dos seres sociais.

Na segunda, didaticamente, apresentar-se-ão proposições éticas ou práticas, a fim de que, por meio delas, a Inteligência Transcendental possa também – ainda que de forma não utilitarista – ser utilizada como um mecanismo, não somente de defesa ou resistência, mas também de luta ou busca pela preservação da identidade do ser, durante os seus processos de encontro e/ou confronto com outros, os ditos estranhos, estrangeiros e/ou diferentes.

Esperamos que esse livro possa ser útil a todos aqueles e aquelas que, no caminho pela busca das suas superações, no caminho da busca pelos seus desenvolvimentos cognitivos e etc., possam também desenvolver, em si, um espírito cosmopolita, ou seja:

1- Serem capazes de serem eles mesmos, mas não os mesmos sempre;

2- Serem capazes de aprenderem com os outros coisas que lhes tornem melhores do que são, do que conseguem ser sozinhos, mas sem, todavia, durante esses processos, quererem se tornar também cópias dos mesmos.

Numa outra via, esperamos também que essa obra possa ser útil à formação de uma geração mais humanizada e, por isso mesmo, também mais capacitada para poder compreender e superar as náuseas, espantos e/ou angústias existenciais, a partir da compreensão ou da consciência de que, ao nascer-se, começa-se também a morrer, ou seja, de que se vive – como diria Heidegger – uma espécie de “marcha para a morte”.

O autor


SAIBA MAIS 


SOBRE O AUTOR

Cleberson Eduardo da Costa (mais de 100 livros publicados, muitos deles traduzidos para outros idiomas), natural do Rio de Janeiro, é graduado pela UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro/1995-1998), Pós-graduado em educação (UCAM – Universidade Candido Mendes), Pós-graduando em Filosofia e Direitos Humanos (UCAM – Universidade Candido Mendes), Mestre e Doutor (livre) em Filosofia do conhecimento (epistemologia) e Pedagofilosofia Clínica (FUNCEC - pesquisa, ensino e extensão), Pesquisador, Professor universitário, Especialista em metodologia do ensino superior, Licenciado em Fundamentos, Sociologia, Psicologia e Filosofia da educação, Didática, EJA (educação de Jovens e adultos) etc.

Além disso, foi aluno Especial do Mestrado em Educação(1999-2001/PROPED/UERJ), matriculado, após aprovação em concurso, nas disciplinas [seminários de pesquisa] “ESTATUTO FILOSÓFICO” (ministrado e coordenado pela professora Drª Lilian do Valle); e “POLÍTICAS EDUCACIONAIS NO BRASIL E NA AMÉRICA LATINA” (ministrado e coordenado pelo professor Dr. Pablo Gentili).

Estudou também no curso de MBA em Gestão Empresarial pela FUNCEFET/RJ/Região dos Lagos (2003-2005); no curso de Pós-Graduação em Administração e Planejamento da Educação pela UERJ (1999-2000); e realizou vários cursos livres e/ou de aperfeiçoamento nas áreas da filosofia e da psicanálise por instituições diversas, entre elas a FGV (Fundação Getúlio Vargas) e a SBPI (sociedade brasileira de psicanálise integrada).

De 1998 a 2008, atuou como professor de ensino superior (Instituto Superior de Educação da UCAM/universidade Cândido Mendes) nos campus universitários de Niterói, Nova Friburgo, Araruama, Rio de Janeiro, Teresópolis, Rio das Ostras, etc.

Participou (em sua trajetória profissional e/ou intelectual acadêmica) de diversas pesquisas, como, por exemplo, o projeto UERJ-DEGASE, relativo à (EJA) e também em pesquisas centradas em problemáticas políticas, filosóficas e pedagógicas com professores renomados, como Pablo Gentili (UERJ/CLACSO), Cleonice Puggian (UNIGRANRIO), Carla Imenes (UEPG), Cristiane Silva Albuquerque (UERJ), Marco Antonio Marinho dos Santos (OCA/RJ) entre muitos outros.

Atualmente dedica-se à docência universitária; a pesquisas em educação; a consultorias relativas à educação, no sentido do aprimoramento, da superação e do desenvolvimento humano; à realização de palestras acadêmicas e multiorganizacionais e à produção de obras nos mais diversos campos do saber.

sábado, 31 de julho de 2021

A Sociedade dos Ricos sem Dinheiro

 


A SOCIEDADE DOS RICOS SEM DINHEIRO

IDEOLOGIA, HEGEMONIA CAPITALISTA E O MITO DO SUCESSO ESCOLAR


Foram e, ainda hoje – alvorecer do séc. XXI –, são muitos aqueles que, conduzidos pelas ideias político-econômicas do pensamento Marxista, preconizaram e preconizam o “fim do capitalismo”.

Preconizaram e preconizam que, seguindo-se um processo materialmente dialético da história, a “sociedade política” capitalista seria ou será também, naturalmente, incorporada pela “sociedade civil”, dando-se origem a uma “sociedade dita perfeita” ou comunista, sem classes, na qual todos os homens excluídos, nela, finalmente estariam livres das injustiças e/ou desigualdades sociais.

O que se evidencia, entretanto, é que, historicamente, o capitalismo – apesar de passar por inúmeras crises e por ser também um sistema político-econômico cuja sua classe e/ou grupo social tem, por essência, como princípio, desagregar mais membros do que propriamente agregar – sempre manteve a sua hegemonia. Isto é, contrariando as teses Marxistas sobre o seu suposto fim, o capitalismo, segundo as já primeiras análises político-econômicas do Italiano Antonio Gramsci, trouxe também consigo a chamada “Hegemonia”, fazendo com que – por meio do caráter ideológico dela – se paralisasse, e não somente condicionasse a “dialética da história”. Em outras palavras, fazendo com que, ele, o capitalismo, enquanto sociedade política, por meio da ideologia, permanecesse como classe dominante e não fosse incorporado pela “sociedade civil”, no sentido visionário de Marx.

O objetivo do nosso trabalho, sendo assim é realizar um estudo sobre as problemáticas que envolvem as relações ideológicas entre a (por nós chamada) “Sociedade dos ricos sem dinheiro” e o capitalismo, na medida em que, este, nas sociedades ocidentais pós-modernas, tem sistematizado e difundido no imaginário sociocultural do proletariado (sob a forma de valores e princípios), os seus ideais e/ou ideias, cooptando-os, sem, todavia, nesse mesmo processo, socializarem e/ou redistribuírem também os meios materiais de produção social da existência. Essa, para nós, evidencia-se como uma das mais radicais – e ao mesmo tempo sutis – formas de hegemonia capitalista presente no século XXI.

Nosso objetivo, portanto, será também o de buscarmos compreender como é que, por meio da ideologia do “Sucesso Escolar, atrelada à ideia de ascensão social”, a educação passa a ser concebida, socialmente, como um produto e, a Escola, na mesma via, sistematizada como aquela cuja função é a de não somente formar mão de obra barata e dita qualificada para a formação do exército de reserva (preconizado por Marx), mas também de, ao socializar os indivíduos, fazê-los incorporarem, como seus, os valores e princípios capitalistas (Consumismo, Meritocracia, o Individualismo, etc.).

Esperamos que essa obra possa contribuir não somente à formação de uma geração criticamente mais consciente, mas também mais solidária, ética e politicamente participativa.

Os editores


SAIBA MAIS


segunda-feira, 24 de maio de 2021

Carolina Maria de Jesus - Doutora Honoris Causa

A Fundação Cleberson Eduardo da Costa (Funcec - pesquisa, ensino e extensão), por meio do seu colegiado e corpo de docentes-pesquisadores, após indicação do seu fundador e diretor, aprova com unanimidade a concessão do título de Doutora Honoris Causa à escritora Carolina Maria de Jesus (1910-1977).

Justificativa/relevância: Carolina Maria de Jesus, autora de importantes obras, entre elas o best seller "Quarto de Despejo", segundo o portal da Capes, nos últimos seis anos foi tema de 58 teses e dissertações sobre problemáticas como o racismo, o machismo, a exclusão social, o papel da mulher negra na sociedade, etc.

sexta-feira, 31 de julho de 2020

MESTRADO E DOUTORADO EM FILOSOFIA (LIVRE) - BOLSAS DE 100%


PLATAFORMA EAD DA FUNCEC/RJ - PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO


SOBRE OS CURSOS DE MESTRADO E DOUTORADO (livres) DA FUNCEC - Pesquisa, Ensino e Extensão (FUNDAÇÃO CLEBERSON EDUARDO DA COSTA).



Objetivo 

O programa de pós-graduação em Educação e Filosofia (PROPEF) da FUNCEC - PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO (Fundação Cleberson Eduardo da Costa) tem como principal objetivo oferecer ao seu corpo discente uma formação voltada para o desenvolvimento humano, para o aperfeiçoamento profissional, para o aconselhamento filosófico existencial-humanista (pedagofilosofia), para o envolvimento em projetos de pesquisas, para a realização de palestras, conferências, para a docência e para a realização de atividades educacionais e/ou filosóficas diversas. 

Público-Alvo e Pré-Requisito 

Para o curso de mestrado, portadores de diploma de Bacharelado ou Licenciatura em Filosofia ou Pedagogia, assim como portadores de outros diplomas de cursos superiores, outorgados por instituições de ensino superior e reconhecidos pelo Conselho Nacional de Educação. 

Para o curso de doutorado, portadores de diploma de mestrado em filosofia ou educação, assim como portadores de outros diplomas de mestrado, livres ou não, outorgados por instituições de ensino superior ou não.

Número de vagas

Anualmente o programa de pós-graduação em Educação e Filosofia (livre) da Fundação Cleberson Eduardo da Costa abre 20 vagas (para cada curso de mestrado ou doutorado relativos às específicas linhas de estudo e/ou pesquisa). 

As vagas e os cursos encontram-se distribuídos de acordo com a disponibilidade de orientação dos professores-pesquisadores do Programa, uma vez que, na qualidade de associados, são também professores renomados de programas de pós-graduação de diversas universidades públicas e privadas do Brasil e do Exterior. 

Documentação
a) Cópia (frente e verso do Diploma de Graduação ou de Mestrado). 
b) Curriculum Lattes (gerado na página da CNPq e impresso em 1 via. Não serão aceitos outros formatos de currículo). 
c) Projeto de dissertação (1 cópia impressa). O projeto deverá conter: 1) Título; 2) Objetivo; 3) Justificativa; 4) Delimitação do Problema; 5) Metodologia; 6) Plano do Trabalho; 7) Referências Bibliográficas. As especificações do Projeto são as seguintes: máximo de 15 (quinze) páginas, fonte Times New Roman, tamanho 12, entrelinhas 1,5 e margens 2,5 (superior e inferior) e 3,0 (esquerda e direita) em papel A4. Obs. Antes de realizar a inscrição o candidato deverá enviar para o e-mail clebersonuerj@gmail.com uma versão em pdf do projeto de pesquisa e do curriculum lattes. Os arquivos devem ter o nome do candidato. 
d) 2 fotografias 3 x 4 recentes. 
e) Cópia do CPF e da cédula de identidade (para efeito de inscrição, a carteira de habilitação DETRAN não substitui a cédula de identidade por não registrar a data de expedição da referida cédula). 
f) Histórico escolar da graduação.

Para estrangeiros
II
A) Aos candidatos estrangeiros será exigida prova de proficiência em língua portuguesa para poderem iniciar o curso. 
B) Candidatos estrangeiros deverão apresentar original e cópia do diploma de graduação plena e histórico escolar completo com tradução feita por tradutor público juramentado no Brasil; e original e cópia do passaporte válido com visto de entrada no Brasil, se cabível. Candidatos brasileiros com diploma de graduação plena emitido no exterior deverão apresentar original e cópia do diploma de graduação plena e histórico escolar completo com tradução feita por tradutor público juramentado no Brasil – dispensa-se tradução para os idiomas inglês, francês ou espanhol. 
C) As inscrições dos candidatos somente serão confirmada após a verificação da entrega de toda a documentação requerida. 

D) Os candidatos aprovados que não apresentarem toda a documentação exigida, mesmo tendo pago a taxa de inscrição, não poderão participar dos cursos e terão o valor devolvido, descontadas as taxas, caso tenha-se realizado o pagamento por meio de boleto ou cartão. 

O Programa 

O Programa de Pós-Graduação em Educação e Filosofia (PROPEF), Área de Concentração em Filosofia do conhecimento e Pedagofilosofia Clínica, estrutura-se em torno de cinco (5) Linhas de Pesquisa, a saber:
1. Filosofia do Conhecimento (epistemologia) e Pedagofilosofia Clínica (opcional); 
2. Ética e Filosofia Política; 
3. Estética  e Filosofia da Arte; 
4. Metafísica e Filosofia Antropológica; 

Local do curso 
A distância (ou espaço virtual de aprendizagem). 

Duração 
Mínimo 18 meses (Mestrado). Máximo: 24 meses (Mestrado). 
Mínimo 24 meses (Doutorado). Máximo 48 meses (Doutorado).


CERTIFICAÇÃO/BENEFÍCIOS

1- OS ALUNOS APROVADOS NOS CURSOS DE MESTRADO E DOUTORADO (LIVRES) DA FUNCEC – PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO (FUNDAÇÃO CLEBERSON EDUARDO DA COSTA), ou seja, que tiverem as suas dissertações ou teses aprovadas pela comissão, receberão o certificado de conclusão e também o histórico de todas as disciplinas cursadas.
2- Os melhores trabalhos receberão convite para serem publicados por um dos diversos selos acadêmico-editoriais da FUNCEC – PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO, na coleção chamada Filósofos do Nosso Tempo.
3- Os melhores alunos de cada curso, aqueles que demonstrarem elevada aptidão em suas áreas de estudos e/ou pesquisas, serão convidados a fazerem parte do corpo de pesquisadores da Fundação Cleberson Eduardo da Costa, assim como também receberão carta de RECOMENDAÇÃO para exercerem atividades de docência, pesquisa e afins em universidades e faculdades parceiras no Brasil ou no exterior.



NOSSOS CURSOS DE MESTRADO E DOUTORADO (LIVRES) 


01 – CURSO DE MESTRADO OU DOUTORADO EM FILOSOFIA DO CONHECIMENTO (epistemologia) E PEDAGOFILOSOFIA CLÍNICA - Psicanálise pedagógico-filosófica existencial-humanista).


Objetivo

Formar filósofos do Conhecimento e Pedagofilósofos Clínicos para atuarem nas áreas de desenvolvimento humano, educação, ética, filosofia prática, aconselhamento filosófico, terapias existenciais, desenvolvimento de grupos de alta performance, prosperidade, inclusão social, qualidade de vida e saúde.

Público alvo

Pedagogos, filósofos, psicólogos, sociólogos, antropólogos, psicanalistas e demais graduados nas áreas de ciências humanas.

GRADE CURRICULAR

· Filosofia Antiga.
· Filosofia Medieval.
· Filosofia moderna.
· Filosofia contemporânea.
· Filosofia existencial-humanista e fenomenológica.
• Psicopatologia Psicanalítica clássica X Psicanálise existencial.
• Metodologia e Pesquisas Aplicadas.
• Psicanálise Existencial e Educação.
• Terapia Psicanalítica existencial e Família.
• Psicoterapia existencial de Grupo e Mal Estar na Sociedade.
• Psicanálise existencial, Ciência e Interdisciplinaridade.
• Psicanálise existencial, Arte e Literatura.
• Psicopatologia e Prática Psicanalítica existencial.
• Aconselhamento filosófico, Terapia Psicanalítica existencial e Qualidade de Vida.
• Educação e Formação Humana em Filosofia existencial.
• Educação e Tecnologias de Informação e Comunicação.
• Psicanálise existencial,Antropologia e Saúde.
• Metodologia do Ensino Superior.
• Seminários e Preparação da Tese.
• Tópicos Específicos em Psicanálise existencial e Estruturas Clínicas da personalidade.
• Psicanálise existencial, Ética e Filosofia.

LINHAS DE PESQUISAS

• Filosofia, Psicanálise existencial e Educação. 
• Filosofia, Teoria psicanalítica existencial, Educação e Saúde mental.

CARGA HORÁRIA
1.080 horas aula.

ÁREAS BÁSICA
Filosofia, sociologia, educação e Saúde.


ÁREAS
• Filosofia, educação terapia psicanalítica existencial
• Filosofia, psicanálise e saúde Mental

NÍVEL DO CURSO
*Mestrado e Doutorado profissional/Institucional na Modalidade Livre. Amparado nos termos do art.3º da Portaria CNE/CES nº 80, de 16/12/1998; Resolução CNE/CES nº 24, de 18/12/2002; art.6º da Portaria Normativa MEC, nº 07, de 22/06/2009, Parecer CNE/CES nº 238, de 07/08/2009, Portaria Normativa MEC nº 17, de 28/12/2009.

02- CURSO DE MESTRADO OU DOUTORADO EM FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO E MULTIDISCIPLINARIDADE


OBJETIVO DO CURSO 

 O curso visa desenvolver a alta performance de profissionais ligados à educação.

GRADE CURRICULAR 
  • História da Filosofia.
  • Filosofia do Conhecimento e Ensino-aprendizagem. 
  • Temas Transversais e Multidisciplinaridade. 
  • Educação Infantil e Educação de Jovens e Adultos. 
  • Filosofia Social e Educação Inclusiva. 
  • Educação e Formação para Cidadania. 
  • Educação, Antropologia filosófica e Diversidade Cultural. 
  • Avaliação das Diversas Formas de Aprendizagens. 
  • Psicologia da Educação. 
  • Tecnologias educacionais. 
  • Sociologia da educação. 
  • Metodologia e Pesquisas Aplicadas. 
  • Seminários e Preparação da Dissertação. 
  • Políticas Públicas e Educação. 
  • Gestão Educacional. 
  • Avaliação Institucional e Planejamento e Gestão dos Diversos Saberes. 

PÚBLICO-ALVO 

Graduados em qualquer curso superior. 

LINHAS DE PESQUISAS 

• Ensino-Aprendizagem. 
• Tópicos Específicos de Educação. 
• Educação em Periferias Urbanas. 
• Filosofia, Educação e Aspectos sociais. 

CARGA HORÁRIA 

1.240 horas aula. 

DURAÇÃO DO CURSO 

24 Meses mínimo e 30 meses máximo. 

ÁREAS BÁSICAS 

Filosofia e filosofia da Educação 

NÍVEL DO CURSO 

*Mestrado e Doutorado Profissionalizante na Modalidade Livre. Amparado nos termos do art.3º da Portaria CNE/CES nº 80, de 16/12/1998; Resolução CNE/CES nº 24, de 18/12/2002; art.6º da Portaria Normativa MEC, nº 07, de 22/06/2009, Parecer CNE/CES nº 238, de 07/08/2009, Portaria Normativa MEC nº 17, de 28/12/2009. 

03 - CURSO DE MESTRADO PROFISSIONAL EM PEDAGOGIA EMPRESARIAL & GESTÃO CORPORATIVA 


OBJETIVO DO CURSO 

Formar profissional, com visão dinâmica, ampla, para a formação e gestão dos SUJEITOS PENSANTES das organizações. 

GRADE CURRICULAR 

• Educação Corporativa no séc. XXI. 
· Liderança corporativa. 
· Estratégia Empresarial. 
• Suprimento e Logística Empresarial. 
• Gestão Econômica e Controladoria. 
• Gestão Financeira. 
• Gestão de Pesquisa. 
• Marketing de Varejo e Serviços. 
• Organizações do Terceiro Setor e Corporativa. 
• Seminários de Estudos Avançados. 
• Teoria Geral da Educação Corporativa. 
• Didática do Ensino. 
• Teoria das Organizações. 
• Educação e Tecnologia de Informação e Comunicação. 
• Educação e Formação Humana em Ciências Sociais. 
• Metodologia e Pesquisas Aplicadas. 
• Seminários e Preparação da Dissertação. 

PÚBLICO-ALVO 

Bacharéis e licenciados em Ciências Humanas e graduados em qualquer área. 

LINHAS DE PESQUISAS 

Educação Geral. 

CARGA HORÁRIA 

790 horas aula. 

DURAÇÃO DO CURSO 

24 Meses mínimo e 30 meses máximo. 

ÁREAS BÁSICA 

Educação. 

ÁREAS DE CONCENTRAÇÕES 

Educação Corporativa 

NÍVEL DO CURSO 

*Mestrado e Doutorado Profissionalizante na Modalidade Livre. Amparado nos termos do art.3º da Portaria CNE/CES nº 80, de 16/12/1998; Resolução CNE/CES nº 24, de 18/12/2002; art.6º da Portaria Normativa MEC, nº 07, de 22/06/2009, Parecer CNE/CES nº 238, de 07/08/2009, Portaria Normativa MEC nº 17, de 28/12/2009.

04 - CURSO DE MESTRADO EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL E QUALIDADE DE VIDA 


OBJETIVO DO CURSO 

O curso visa melhorar o trabalho entre os profissionais ligados a educação, meio ambiente e locais assemelhados. 

GRADE CURRICULAR: 

• Gestão Ambiental e Empresas Industriais. 
• Economia do Meio Ambiente. 
• Marketing e Educação Ambiental. 
• Cultura, Meio Ambiente e Turismo. 
• Direito Ambiental. 
• Tecnologia Ambiental. 
• Planejamento e Gestão Ambiental. 
• Solos e Manejos Sustentáveis. 
• Gestão de Ecossistemas e Qualidade de Vida. 
• Avaliação de Impacto Ambiental. 
• Gestão de Recursos Hídricos. 
• Urbanização Sustentável e Meio Ambiente. 
• Saneamento Ambiental e Urbanismo. 
• Rodovias e Transportes Sustentáveis. 
• Gestão de Resíduos,Meio Ambiente e Bem Estar Social. 
• Seminários e Preparação da Dissertação. 
• Estágio Docência. 
• Metodologia e Pesquisas Aplicadas. 
• Educação e Formação Humana em Ciências Sociais. 
• Educação e Tecnologia de Informação e Comunicação. 
• Meio Ambiente e Agrárias. 

PÚBLICO-ALVO 

Graduados em qualquer curso superior, especialmente professores. 

LINHAS DE PESQUISAS 

• Manejos e Tratos Culturais. 
• Arborização de Vias Publicas. 
• Conservação de Águas Silvestres. 
• Bem Estar e Saúde Social. 

CARGA HORÁRIA 

Total de 1.040 horas aula. 

DURAÇÃO DO CURSO 

24 Meses mínimo e 30 meses máximo. 

ÁREAS BÁSICA 

Meio Ambiente e Agrárias. 

NÍVEL DO CURSO 

*Mestrado e Doutorado Profissionalizante na Modalidade Livre. Amparado nos termos do art.3º da Portaria CNE/CES nº 80, de 16/12/1998; Resolução CNE/CES nº 24, de 18/12/2002; art.6º da Portaria Normativa MEC, nº 07, de 22/06/2009, Parecer CNE/CES nº 238, de 07/08/2009, Portaria Normativa MEC nº 17, de 28/12/2009.

05 - CURSO DE MESTRADO EM TEORIA PSICANALÍTICA EXISTENCIAL 


GRADE CURRICULAR: 

• História e Tópicos em Psicanálise (história,conceitos de sonhos, interpretação e transferência). 
• Psicanálise existencial Aplicada Educação. 
• Psicopatologia Profissional. 
• Metodologia e Pesquisas Aplicadas. 
• Políticas Públicas e Direito Educacional da Pós-Graduação. 
• Psicanálise existencial da Infância e da Adolescência. 
• Psicanálise existencial e Transtornos Escolares. 
• Didática e distúrbios dos Currículos e Programas Escolares. 
• Teorias Psicanalíticas clássicas (Freud,Lacan, etc.). 
• Tópicos Específicos em Psicanálise Existencial. 
• Psicanálise existencial nos Processos Grupais. 
• Seminários e Preparação da Dissertação. 
• Educação e Formação Humana. 

LINHAS DE PESQUISAS 

Educação e psicanálise Existencial. 

CARGA HORÁRIA 

960 horas aula. 

DURAÇÃO DO CURSO 

24 Meses mínimo e 30 meses máximo. 

ÁREAS BÁSICA 

Pedagofilosofia do Ensino e da Aprendizagem. 

ÁREAS DE CONCENTRAÇÕES 

Pedagofilosofia 

NÍVEL DO CURSO 

*Mestrado e Doutorado Profissionalizante na Modalidade Livre. Amparado nos termos do art.3º da Portaria CNE/CES nº 80, de 16/12/1998; Resolução CNE/CES nº 24, de 18/12/2002; art.6º da Portaria Normativa MEC, nº 07, de 22/06/2009, Parecer CNE/CES nº 238, de 07/08/2009, Portaria Normativa MEC nº 17, de 28/12/2009.

06 - CURSO DE MESTRADO EM FILOSOFIA DA RELIGIÃO E SAÚDE 


GRADE CURRICULAR: 

• Tópicos especais de filosofia. 
· Introdução à filosofia do conhecimento. 
· Filosofia noológica. 
• Filosofia Bíblica, ética Cristã e Globalização. 
• Antropologia e educação. 
• Sociologia da Educação. 
• Politicologia bíblica e ciências. 
• Filosofia, ética Bíblica e Saúde Mental. 
• Seminário e Preparação da Dissertação. 
• Educação e Formação Humana em Ciências Sociais para a Cidadania. 
• Educação e Tecnologia de Informação e Comunicação. 

LINHAS DE PESQUISAS 

• Filosofia da Religião. 
• Filosofia, Teologia e Saúde mental. 

CARGA HORÁRIA 

980 horas aula. 

DURAÇÃO DO CURSO 

24 Meses mínimo e 30 meses máximo. 

ÁREAS BÁSICA 

Ética, Filosofia prática e Serviços Comunitários. 

ÁREAS DE CONCENTRAÇÕES 

• Filosofia, Teologia e Saúde mental 

NÍVEL DO CURSO 

*Mestrado e Doutorado Profissionalizante na Modalidade Livre. Amparado nos termos do art.3º da Portaria CNE/CES nº 80, de 16/12/1998; Resolução CNE/CES nº 24, de 18/12/2002; art.6º da Portaria Normativa MEC, nº 07, de 22/06/2009, Parecer CNE/CES nº 238, de 07/08/2009, Portaria Normativa MEC nº 17, de 28/12/2009.

CERTIFICAÇÃO/BENEFÍCIOS

1- OS ALUNOS APROVADOS NOS CURSOS DE MESTRADO E DOUTORADO (LIVRES) DA FUNCEC – PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO (FUNDAÇÃO CLEBERSON EDUARDO DA COSTA), ou seja, que tiverem as suas dissertações ou teses aprovadas pela comissão, receberão o certificado de conclusão e também o histórico de todas as disciplinas cursadas. 

2- Os melhores trabalhos acadêmicos/profissionalizantes receberão convite para serem publicados por um dos diversos selos editoriais da FUNCEC – PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO, na coleção chamada Filósofos do Nosso Tempo.

3- Os melhores alunos de cada curso, aqueles que demonstrarem elevada aptidão em suas áreas de estudos e/ou pesquisas, serão convidados a fazer parte do corpo de pesquisadores da Fundação Cleberson Eduardo da Costa, assim como também receberão carta de RECOMENDAÇÃO para exercerem atividades de docência, pesquisa e afins em universidades e faculdades parceiras no Brasil ou no exterior.


segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

NIETZSCHE: PARA ALÉM DO BEM E DO MAL OU PARA ALÉM DO BOM E DO MAU?


Escreveu o filósofo Immanuel Kant: “Ignorância é fazer uso nocivo das próprias forças e/ou forças alheias contra si mesmo e/ou contra o próximo. Sabedoria, por outro lado, é fazer uso benéfico... das próprias forças e/ou forças alheias a favor de si e/ou a favor do próximo".

Moral: segundo Kant, "se um homem de fato é sábio, ele não usa a sua inteligência ou sabedoria para o mal; se um homem pratica o mal, ele está longe de ser um sábio...”.

Problematizou tal questão, porém, Nietzsche, fazendo-nos pensar sobre a moral abstrata e/ou sobre a ideia de imperativo categórico postulada por Kant:

1-   O que é o mal?
2-   O que é o bem?

E concluiu Nietzsche, após especular a história através do seu chamado método genealógico:

1-   O bem e o mal não são nada mais do que apenas os seus sentidos e os seu valores; Ou seja:
2-   “O homem (para poder libertar-se da moral dos escravos, que apenas tem-no, ao longo dos séculos, despotencializado ou enfraquecido) precisa estar e/ou viver para além do bem e do mal!”.

Nietzsche, todavia, ao criticar Kant, deixou em muitos uma grande dúvida:

“Estar e/ou viver para além do “bem” e do “mal” é o mesmo que estar e/ou viver para além do “bom” e “mau”?...”.

Em outras palavras, "estar e/ou viver além do bem e do mal é o mesmo que colocar-se na condição de assassino, corrupto, ladrão, pedófilo e/ou então de qualquer outro ser dito imoral, antiético e/ou criminoso?"

Certamente que não!

Para Nietzsche o homem precisa colocar-se na condição daquele que se faz capaz de transvalorar todos os valores, ou seja, de imprimir sentido à vida. E os caminhos para isso não os do crime e/ou os das ditas imoralidades ou amoralidades, mas sim os da arte e da filosofia.

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

GLOBALIZAÇÃO, INTERNET E OS NOVOS ANALFABETOS FUNCIONAIS – Problematizações acerca da educação


I
Não é preciso ser um pedagogo, professor ou especialista em educação para, hoje, alvorecer do séc. XXI, ser capaz de reconhecer um novo tipo de analfabeto funcional[1] que tem surgido no mundo dito globalizado e, mais especificamente, como mera consequência de um subdesenvolvimento histórico, de maneira mais abrangente, também em países da América do sul, como o Brasil.
Nesse último caso, basta fazer parte de qualquer rede social da internet ou assistir vídeos no youtube que, rapidamente, descobre-se uma quantidade incomensurável deles. E isso devido a dois óbvios, mas nem por isso menos trágicos ou complexos motivos:
1- O primeiro porque, contrariando-se o princípio e/ou método filosófico (irônico e maiêutico) Socrático (sei apenas que nada sei), substanciados apenas pela doxa (opinião, aquilo que Platão, discípulo de Sócrates, chamava de realidade sensível, caverna ou mundo das sombras e das inverdades), eles, os novos analfabetos funcionais, acreditam-se também entendedores de tudo, de qualquer assunto: deste futebol, passando por dicas de saúde e beleza, e até mesmo sobre o como ficar rico em no máximo sete ou dez dias (ainda que tendo-se nascido um miserável);
2- O segundo, porque acreditam também que ninguém mais precisa aprender a pensar para viver, buscando-se, por exemplo, fazer pesquisas sérias e sistemáticas que levam anos; e nem tampouco estudar ou ler livros que não sejam de autoajuda ou ficção. Para eles, os analfabetos funcionais de hoje, contrariando a lógica de todas as epistemologias críticas do conhecimento, basta apenas se encher de pensamentos já pensados por outros, oriundos de fontes da própria internet, e depois reproduzi-los ou propagá-los, feito papagaios ou máquinas de ensinar, com um novo rótulo ou título apelativo, por meio de frases ditas virais e/ou de um “produto” digital qualquer.
II
Dentro desse contexto, obviamente, surge também um fato novo em relação aos antigos que caracteriza os novos analfabetos funcionais: se no século XX eles eram entendidos e definidos por especialistas como aqueles que não sabiam bem escrever; e que também não entendiam o que liam ou, entendendo o que liam, não conseguiam se expressar graficamente e fazerem relações com a realidade, os de hoje, por outro lado, “são aqueles que, ao parcamente lerem, ou ao precariamente decodificarem o que leem, além de não saberem se expressar oral e/ou graficamente, por falta de uma sólida formação cultural, não conseguem também, de forma crítica ou criativa, fazer relações do que leem ou das informações que recebem com a realidade local e, ao mesmo tempo, também global, isto é:
1-   Com a árvore e a floresta;
2-   Com as realidades micro e macrossociais existentes (esboçando-se, por exemplo, uma visão crítica e/ou um juízo de valor).
Nesse sentido, pode-se e deve-se também dizer que, hoje, alvorecer do séc. XXI, um dito indivíduo considerado analfabeto funcional é não mais somente aquele que possuía ou possui dificuldades de leitura e escrita, ou até mesmo aquele dito ser com pouco estudo, que não possuía dito nível de escolaridade ou diplomas, mas sim todo aquele que, diplomado ou não, não consegue ler o mundo e, que, portanto, faz-se também incapaz de transformar-se e/ou de lutar para poder transformá-lo em um lugar mais humano, justo, equitativo, participativo, fraterno, solidário, respeitoso das diferenças e ético de se viver.
III
Numa outra via, um ser considerado analfabeto funcional nos dias de hoje, tempo de globalização; tempo de altas tecnologias da informação; tempo de redes sociais e de amplos espaços virtuais de interação social e/ou ditas possibilidades incomensuráveis de ensino-aprendizagem:
1-   É também todo aquele, dotado do automatismo para buscar sempre se encher de informação, confundindo-a com sabedoria, que não se fez ou não se faz também capaz de fazer-se autônomo intelectualmente, isto é, de fazer-se capaz de aprender a pensar de forma crítica;
2-   É também todo aquele que sobrevive em estado de conformidade ou passividade intelectual, por fazer-se cheio de novas informações, alienadamente acreditando-se, por esse motivo, estar também hiper-consciente ou sábio.

II - A VERDADEIRA EDUCAÇÃO

A verdadeira educação, ao contrário do que muitos hoje acreditam, não é um processo heterônomo, ou seja, não é aquilo que, vindo de fora, como força externa, sob a forma de saberes enlatados (frases soltas de redes sociais, vídeos da internet, clichês, etc.), formata, compacta ou programa o ser para ter essa ou aquela visão de mundo; formata, compacta ou programa o ser para emitir essa ou aquela opinião; formata, compacta ou programa o ser para agir dessa ou daquela maneira, formando-se, por esta via, uma massa de seres programáveis ou programados, isto é, que apenas reproduzem “saberes” por outros já pensados.
A verdadeira Educação não é também, nesse sentido, um mero processo de formação cultural, dito de socialização. Ou seja, não é um processo de enchimento do ser com preceitos ditos éticos e/ou morais, etc. que, como se fossem camisas de força ideológicas coletivas, formatam os indivíduos ou grupos de indivíduos para pensarem ou agirem desse ou daquele jeito.

II.1 - A educação para além dos preceitos de Immanuel Kant
I
A educação, nos dias de hoje, século XXI, está e deve estar muito além dos ditos “quatro passos educacionais” outrora definidos por Immanuel Kant, em especial na sua obra intitulada “Sobre Pedagogia[2], publicada postumamente.
Para aqueles (a) que não conhecem o pensamento educacional kantiano, aqui vai uma rápida síntese.
1-   Disciplina: Segundo Kant, é onde a animalidade do homem é reprimida para que o seu caráter possa vir a ser desenvolvido;
2-   Cultura: é o que, segundo Kant, torna o ser humano um ser dito culto, depois de disciplinado, para que ele possa ter possibilidades múltiplas e para muitos fins;
3-   Civilidade: Para Kant, é aquilo que seria uma espécie de cultura dita mais refinada, isto é, que preza os ditos bons costumes, as convenções, as cerimônias sociais, etc. (Ex: gentileza, prudência, ser um dito bom cidadão, etc.);
4-   Moralização: É, segundo Kant, a última etapa do processo dito formativo; é aquilo que, para ele, seria a dita etapa mais importante da educação, porque o agir humano deve estar fundado em imperativos categóricos, ou seja, o ser deve pensar por si, mas sendo capaz de escolher os ditos bons fins para todos os seus atos, evitando-se, assim, agir buscando fins pessoais ou que atentem contra a dignidade humana.
Em síntese, para Kant, a educação é aquilo que estabelece um padrão ético ou moral-cultural (dito universal), estruturado sob a forma de imperativos categóricos (ações com fins em si mesmas). O indivíduo, segundo Kant, deve seguir valores universais. Ser um ser dito “autônomo”, dentro da perspectiva Kantiana, dentro desse contexto, seria o mesmo que internalizar imperativos categóricos e ser também capaz de agir, com bases neles, diferentemente das crianças, sem ninguém precisar mandar.

II.2 – A educação, muito além dos preceitos de Kant, como um processo dialógico-dialético de luta pela conquista da autonomia ou da emancipação intelectual

A educação, nos dias de hoje, diferentemente do que pensou Kant e muitos outros formalistas que o seguiram, é e deve ser entendida como aquilo que acontece quando o ser – sob processos dialógicos e/ou dialéticos, ocorridos estes em espaços-tempos existenciais concretos de ensino-aprendizagem, exercendo a sua liberdade para pensar, tem a possibilidade, fazendo uso do pensamento crítico, de desenvolver a sua autonomia intelectual, de construir a sua própria visão de mundo, e, portanto, também de fazer-se capaz de refletir sobre o sentido das suas próprias condutas ética e/ou morais.
Pode-se com propriedade afirmar, nesse sentido, que um verdadeiro processo educacional, muito além de um mero processo de formação Kantiano (cultural/ética/moral), é aquilo que pode levar uma vida, e não necessariamente o tempo de uma sistemática formação ou socialização escolar ou universitária, porque visa fazer com que o sujeito possa ser capaz de pensar ou refletir para agir, acompanhando sempre as dinâmicas sociais, e não de se tornar um dito ser “formado ou formatado”.
Ou seja, a educação, hoje, sec. XXI, deve ser entendida como um caminho dialógico e dialético, vivido e problematizado, de transição da heteronomia (espaço-tempo em que não se pensa de forma autônoma; e que apenas se obedece às regras de forma irreflexiva ou se segue o pensamento de um grupo, etc.) para a, diferentemente daquela postulada por Kant, verdadeira “autonomia”: espaço-tempo em que o ser, fazendo uso da própria capacidade para pensar ou refletir, em processo individual ou coletivo-dialógico, passa a desenvolver o gosto pelo aprender a pensar ou por agir e/ou tomar decisões refletidas, levando-se em consideração não apenas o aspecto formal ou formalista da ação (imperativos categóricos), mas também e impreterivelmente o concreto ou existencial. 


[1] O conceito de analfabetismo funcional foi criado na década de 30, nos Estados Unidos, e posteriormente passou a ser utilizado pela UNESCO para se referir às pessoas que, apesar de saberem ler e escrever formalmente, por exemplo, não conseguem interpretar o que leem e nem tampouco compor e/ou redigir corretamente qualquer tipo de texto. Segundo a Declaração Mundial sobre Educação para Todos, o analfabetismo funcional é considerado um problema significativo em todos os países industrializados ou em desenvolvimento. Mais de um terço da população adulta brasileira é considerada analfabeta funcional. Fonte: MENEZES, Ebenezer Takuno de; SANTOS, Thais Helena dos. Verbete analfabetismo funcional. Dicionário Interativo da Educação Brasileira - Educabrasil. São Paulo: Midiamix, 2001.
[2] Kant, Immanuel (1724 -1804). Sobre a pedagogia. Tradução de Francisco Cock Fontanella. 2ª Ed. Piracicaba: Editora Unimep, 1999.

INTELIGÊNCIA TRANSCENDENTAL

 (A5, 136p.) O ser humano, atingindo ou não a sua chamada idade da razão, no encontro da vida social com outros seres sociais, e/ou simplesm...