terça-feira, 21 de novembro de 2017

O IDEAL PÓS-MARXISTA DE JUSTIÇA


(A5, 115 PÁGINAS)

Na primeira unidade desse livro, levantaremos apreciações críticas sobre o que tem sido concebido como padrão dito “qualitativo de justiça” nas sociedades ocidentais capitalistas contemporâneas e/ou pós-modernas, erguidas estas sob os valores da chamada Democracia Liberal, Neoliberal e/ou pós-neoliberal, em que o axioma de justiça está atrelado à ideia da “manutenção da ordem” do capital por meio das instituições coercitivas do Estado (antes dito de bem-estar social e agora Mínimo), sistematizando-se, assim, uma espécie de “ditadura e/ou império do poder Legislativo não somente em relação às massas, mas também em relação ao Judiciário e ao Executivo, na medida em que estes, por não conseguirem conter as forças corruptas e corruptoras do poder econômico, tornam-se meros apêndices dele (do Legislativo) ao constituir suas leis que, na grande maioria das vezes, são particularistas e lobistas (lobby).
Na segunda, nos proporemos a apresentar os valores que, nas sociedades capitalistas ocidentais contemporâneas e/ou pós-modernas, têm servido de base para criar e sustentar essas mesmas leis elitistas e lobistas, por meio do Legislativo, sistematizadas por aquilo que se convencionou chamar de Democracia Liberal e/ou de Estado Liberal.
Na terceira, sintetizaremos nossas apreciações, ou seja, como sendo uma unidade de conclusão (epílogo), apontaremos caminhos para a construção de um “ideal de justiça pautado na ideia primeira da busca pela “igualdade de participação política” como pressuposta para o alcance da justiça social, estruturadas sob a égide do que convencionamos chamar de “ideal Neo-progressista e/ou Pós-marxista de justiça”.
Esperamos, assim, que essa obra possa nos permitir pensar sobre qual tem sido a real função dos ditos três poderes nas sociedades capitalistas ocidentais pós-modernas, uma vez que estão atrelados estes, em especial o Legislativo, como reféns do poder econômico.
Que essa obra possa também nos fazer refletir sobre o que devemos, enquanto sociedade política e/ou sociedade civil planetária, elegermos e/ou buscarmos, enquanto seres sociopolíticos, como sendo, de fato, princípios e valores ideais de justiça para os novos tempos, ou melhor, para o século XXI.

SOBRE O AUTOR

CLEBERSON Eduardo da Costa (mais de 100 livros publicados, muitos deles traduzidos para outros idiomas) é natural do Rio de Janeiro, formado pela UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro/1995-1998), Pós-graduado em educação, Pós-graduando em Filosofia e Direitos Humanos, Pesquisador, Professor universitário, Especialista em metodologia do ensino superior, Pedagogo, Livre-pensador, Licenciado em Fundamentos, Sociologia, Psicologia e Filosofia da educação, Didática, EJA (educação de Jovens e adultos), etc.
Além disso, foi aluno Especial do Mestrado em Educação (1999-2001/PROPED/UERJ), matriculado, após aprovação em concurso, nas disciplinas [seminários de pesquisa] “ESTATUTO FILOSÓFICO” (ministrado e coordenado pela professora Drª Lilian do Vale); e “POLÍTICAS EDUCACIONAIS NO BRASIL E NA AMÉRICA LATINA” (ministrado e coordenado pelo professor Dr. Pablo Gentili).
Estudou também no curso de MBA em Gestão Empresarial pela FUNCEFET/RJ/Região dos Lagos (2003-2005); no curso de Pós-Graduação em Administração e Planejamento da Educação pela UERJ (1999-2000); e realizou vários cursos livres e/ou de aperfeiçoamento nas áreas da filosofia e da psicanálise por instituições diversas, entre elas a FGV (Fundação Getúlio Vargas) e a SBPI (sociedade brasileira de psicanálise integrada). De 1998 a 2008, atuou como professor de ensino superior (Instituto Superior de Educação da UCAM/universidade Cândido Mendes) nos campos universitários de Niterói, Nova Friburgo, Araruama, Rio de Janeiro, Teresópolis, Rio das Ostras, etc. Participou (em sua trajetória profissional e/ou intelectual acadêmica) de diversas pesquisas, como, por exemplo, o projeto UERJ-DEGASE, relativo à (EJA) e também em pesquisas centradas em problemáticas políticas, filosóficas e pedagógicas com professores renomados, como Pablo Gentili (UERJ/CLACSO), Cleonice Puggian (UNIGRANRIO), Carla Imenes (UEPG), Cristiane silva Albuquerque (UERJ), entre muitos outros.
Atualmente dedica-se à docência universitária; a pesquisas em educação; a consultorias relativas à educação, no sentido do aprimoramento, da superação e do desenvolvimento humano; à realização de palestras acadêmicas e multiorganizacionais e à produção de obras nos mais diversos campos do saber.

A LOUCURA DO ESPÍRITO (v.1): um estudo filosófico-noológico

TESE DE DOUTORADO EM FILOSOFIA, TEOLOGIA E SAÚDE MENTAL




(A5, 156 P.)

I
Hannah Arendt[1], em seu livro “Eichmann em Jerusalém: relatório sobre a Banalidade do Mal[2]” (1963), fala-nos sobre a existência do Homo Totalitarius[3], definido por ela como um fenômeno moderno. Ou seja, O Homo Totalitarius (Nazista, Fascista, etc.), segundo a filósofa, não existia, como tal, antes do início da era moderna (séc. XVI ou XVII). Na visão de Hannah Arendt, sendo assim, o Nazista Eichmann era “uma pessoa normal”, e o Nazismo também não tinha nada de demoníaco, patológico ou “psicopatológico”. Os nazistas, segundo ela, eram apenas o resultado, produto ou a consequência de um consentimento político dado por homens e mulheres completamente “normais” tal como Eichmann.
Pergunta-se:

Estaria Hannah Arendt, ao escrever esse livro e publicá-lo dois anos após o julgamento de Eichmann, tomada por um relativismo ético ao não caracterizar as práticas totalitárias (nazistas, fascistas, etc.) como atos patológicos ou psicopatológicos?

Pensa-se que não. Apesar de a filósofa, nessa época, ainda não ter escrito o livro “A vida do espírito”, o que só foi publicado em 1978, três anos após a sua morte (1975), certamente ela já tinha desenvolvido ou vinha desenvolvendo importantes axiomas sobre “O Pensar”. 
Segundo também teorizou Hannah Arendt, por exemplo, “O mal não é ontológico; não é uma patologia ou psicopatologia. Não é uma condição natural ou algo inerente ao ser. Não é metafísico. É consequência de um vazio do pensamento”. Isto é, “o mal”, segundo Hannah Arendt, “é político e histórico; é uma banalidade trivial de grupo ou de classe”.
A problemática, dentro desse novo contexto, agora seria outra:

Se o mal, como defendeu a filósofa, não é ontológico, não é natural, não é metafísico; se não é uma patologia ou psicopatologia inerente ao ser; se é político e histórico; se é uma banalidade trivial de grupo ou de classe (consequência de um vazio do pensamento), “qual seria então a origem do mal antes mesmo dele ser político e histórico?”.

Em outras palavras:

“De onde supostamente se origina o mal antes mesmo dele ser uma banalidade trivial de grupo ou de classe (político e histórico)?”
II
Embora respeitando-se toda a magnitude intelectual da filósofa, pensa-se, nesse livro (tese de Doutorado em Filosofia, Noologia e Saúde mental), não somente de forma diferente, mas também (radical e de conjunto) muito além dos axiomas defendidos por Hannah Arendt.
Longe de explicações pautadas em cunho religioso, para nós, mesmo que o mal não seja ontológico, mesmo que ele não seja uma patologia ou psicopatologia inerente ao ser, antes de ser político e histórico, grupal ou de classe, longe de ser o produto de um suposto vazio do pensamento, ele é sim metafísico: só que oriundo de um Desvio Metafísico e/ou filosófico; e, nesse sentido, também o mesmo que um estado de loucura: só que de uma Loucura do Espírito, uma vez que espírito, em filosofia, significa o mesmo que ideia.
III
1-  “O que é Desvio metafísico e/ou filosófico?” – certamente deve estar se perguntando o leitor;
2-   “O que é Loucura do espírito?”;
3-   “Como o espírito enlouquece?”.

Essas são algumas das grandes e importantes questões que problematizaremos e responderemos ao longo desse trabalho.



[1]   Hannah Arendt (filósofa) em 1972 foi convidada a participar como conferencista das Gifford lectures, na Universidade de Aberdeen. Durante a primavera de 1973 deu-se início esta série de palestras, titulada A vida do espírito. A filósofa, porém, proferiu somente a primeira parte de suas conferências sobre (O Pensar) em 1973. Foi impedida de continuar: faleceu em 4 de dezembro de 1975.
[2]   Banalidade do mal é uma expressão criada por Hannah Arendt (1906-1975), teórica política alemã, em seu livro Eichmann em Jerusalém, cujo subtítulo é "um relato sobre a banalidade do mal". Arendt retoma a questão do mal radical kantiano, politizando-o (ver: ponerologia). Ela analisa o mal quando este atinge grupos sociais ou o próprio Estado. Segundo a filósofa, o mal não é uma categoria ontológica, não é natureza, nem metafísica. É político e histórico: é produzido por homens e se manifesta apenas onde encontra espaço institucional para isso - em razão de uma escolha política. A trivialização da violência corresponde, para Arendt, ao vazio de pensamento, onde a banalidade do mal se instala.
[3] A ideia de totalitarismo como poder político “total” através do estado foi formulada em 1923 por Giovanni Amendola que criticou o fascismo italiano como um sistema fundamentalmente diferente das ditaduras convencionais.[5] O termo depois ganhou conotações positivas nos escritos de Giovanni Gentile, o principal teórico do fascismo. Ele usou o termo "totalitário" para se referir à estrutura e metas do novo estado. O novo estado deveria dispor sobre a "representação total da nação e a orientação total das metas nacionais".[6] Ele descreveu o totalitarismo como uma sociedade em que a ideologia do estado teria influência, se não poder, sobre a maioria de seus cidadãos[7]. Segundo Benito Mussolini[5], este sistema politiza tudo que é espiritual e humano. O conceito de totalitarismo surgiu nos anos 1920 e 1930. A visão de que ele foi elaborado somente depois de 1945 é frequente e equivocadamente.

INTELIGÊNCIA TRANSCENDENTAL

 (A5, 136p.) O ser humano, atingindo ou não a sua chamada idade da razão, no encontro da vida social com outros seres sociais, e/ou simplesm...